12 mil brasileiros aguardam cães-guia
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O Conselho Brasileiro de Oftalmologia aponta que 1,4 milhão de pessoas no país possuem deficiência visual. O número de cães-guia, no entanto, está longe de atender à demanda. Estimativas de organizações não governamentais apontam para a existência de apenas 60 animais treinados em atividade no Brasil, enquanto que estatísticas internacionais mostram que entre 1% e 2% dos deficientes visuais utilizam a ajuda de um cão-guia para locomover-se. Considerando a projeção, seriam necessários entre 12 mil e 24 mil cães no país. O resultado dessa conta é uma longa espera.
A gaúcha Giselle Hübbe - eleita a primeira Miss Deficiente Visual do Brasil - aguarda há três anos pela doação de um cachorro treinado. Sua realidade é semelhante a de outros 12 mil brasileiros. "O cão-guia facilitaria meus deslocamentos pela rua sem a necessidade do auxílio das pessoas", destaca Giselle, 21 anos, que atua como degravadora na Associação dos Cegos do Rio Grande do Sul (Acergs).
O vice-presidente da entidade, Roberto Oliveira, fez um alerta diante da grande demanda pelos animais. "De cada cem filhotes, apenas dois têm aptidão para ser um cão-guia. Eles precisam ter um caráter diferenciado. Esses animais não podem se assustar com fogos de artifício, por exemplo. É um trabalho que exige muito treinamento", afirma. A seleção do bichinho é feita logo aos 2 meses com uma avaliação veterinária. Os aprovados passam, então, por um período de socialização. Voluntários das entidades levam os cães para locais públicos e privados com o objetivo de acostumá-los a transitar por todo tipo de ambiente. Com um ano, os aprovados nos testes clínicos começam o treinamento por mais 12 meses. Em média, os cães "trabalham" entre seis e oito anos.
A escolha das raças caninas a serem utilizadas para a função de cão-guia é bastante diferente dependendo do país. De maneira geral, as mais empregadas são Pastor Alemão, Golden Retriever e Retriever do Labrador. Isso, porém, não quer dizer que outros cachorros não tenham aptidão para ser adestrados. Na Nova Zelândia, por exemplo, até mesmo vira-latas podem ser treinados para ser um cão-guia.
No Brasil, existem duas ONGs que fazem o adestramento dos cães - uma em Brasília e outra em Camboriú. Em média, o treinamento demora dois anos e custa o equivalente a R$ 25 mil. Os deficientes cadastrados não pagam pelo animal, mas precisam encarar uma longa fila de espera. Segundo a coordenadora do Projeto Cão-Guia, Maria Lúcia de Campos, cerca de 300 pessoas estão cadastradas para receber um cão-guia. "Hoje, temos 11 animais em treinamento, mas não significa que todos estarão aptos. Cinco estão em fase final, mas dois serão destinados à reposição de cães que se aposentarão. Nossa capacidade é treinar 25 filhotes por ano, mas, pelo custo, a média fica em quatro", explicou ela.
A gaúcha Giselle Hübbe - eleita a primeira Miss Deficiente Visual do Brasil - aguarda há três anos pela doação de um cachorro treinado. Sua realidade é semelhante a de outros 12 mil brasileiros. "O cão-guia facilitaria meus deslocamentos pela rua sem a necessidade do auxílio das pessoas", destaca Giselle, 21 anos, que atua como degravadora na Associação dos Cegos do Rio Grande do Sul (Acergs).
O vice-presidente da entidade, Roberto Oliveira, fez um alerta diante da grande demanda pelos animais. "De cada cem filhotes, apenas dois têm aptidão para ser um cão-guia. Eles precisam ter um caráter diferenciado. Esses animais não podem se assustar com fogos de artifício, por exemplo. É um trabalho que exige muito treinamento", afirma. A seleção do bichinho é feita logo aos 2 meses com uma avaliação veterinária. Os aprovados passam, então, por um período de socialização. Voluntários das entidades levam os cães para locais públicos e privados com o objetivo de acostumá-los a transitar por todo tipo de ambiente. Com um ano, os aprovados nos testes clínicos começam o treinamento por mais 12 meses. Em média, os cães "trabalham" entre seis e oito anos.
A escolha das raças caninas a serem utilizadas para a função de cão-guia é bastante diferente dependendo do país. De maneira geral, as mais empregadas são Pastor Alemão, Golden Retriever e Retriever do Labrador. Isso, porém, não quer dizer que outros cachorros não tenham aptidão para ser adestrados. Na Nova Zelândia, por exemplo, até mesmo vira-latas podem ser treinados para ser um cão-guia.
No Brasil, existem duas ONGs que fazem o adestramento dos cães - uma em Brasília e outra em Camboriú. Em média, o treinamento demora dois anos e custa o equivalente a R$ 25 mil. Os deficientes cadastrados não pagam pelo animal, mas precisam encarar uma longa fila de espera. Segundo a coordenadora do Projeto Cão-Guia, Maria Lúcia de Campos, cerca de 300 pessoas estão cadastradas para receber um cão-guia. "Hoje, temos 11 animais em treinamento, mas não significa que todos estarão aptos. Cinco estão em fase final, mas dois serão destinados à reposição de cães que se aposentarão. Nossa capacidade é treinar 25 filhotes por ano, mas, pelo custo, a média fica em quatro", explicou ela.