Auxílios não ópticos para baixa visão
Publicação:
“Auxílios” são produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptada ou especialmente projetada para melhorar a funcionalidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida. Basicamente, os auxílios para baixa visão podem ser divididos em: não ópticos, ópticos e eletrônicos.
Os auxílios não ópticos para baixa visão são os que não empregam sistemas ópticos, porém modificam materiais e o ambiente para promover melhor desempenho visual da pessoa com baixa visão.
Ampliação
A ampliação de letras em impressos ajuda alguns pacientes com visão subnormal, pois favorece a leitura pela magnificação real pelo maior contraste e pela menor freqüência espacial obtida. Além dos impressos, também é possível ampliar caracteres utilizados em teclados de telefone, relógios, jogos e outros. Além da ampliação, há outros detalhes que facilitam o paciente durante sua leitura ou outras atividades:
• Espaçamento entre linhas (ao menos 30% da altura da letra empregada para facilitar a localização do início do texto na linha).
• Uso de letras minúsculas e maiúsculas ao invés de somente maiúscula ou minúscula.
• Uso de fontes simples (fontes muito elaboradas – com muito detalhes – dificultam a leitura).
• Margens estreitas para maior aproveitamento da largura da folha e evitar papel brilhante.
Infelizmente são poucas opções de publicações ampliadas, e a maneira mais utilizada é o escaneamento do texto com reimpressão utilizando fontes maiores.
Para posicionamento e postura
Muitos auxílios ópticos requerem uma distância muito pequena de leitura, o que torna a atividade cansativa e pode levar à falência da adaptação. Por isso, é importante uma boa postura e um posicionamento adequado do material.
Os auxílios mais utilizados são pranchas inclinadas e apoio de material de leitura. Eles ajudam a manter o material em um ângulo de 45 graus com o plano da mesa, possibilitando que a linha de visão seja perpendicular ao planto do texto, oferecendo maior conforto e manutenção do foco com uso do auxílio óptico.
Prancha inclinada
Para escrita e leitura
• Guias para escritas: podem ser confeccionados em cartão preto e com fendas nos locais que devem ser preenchidos (para cheques, por exemplo).
• Folhas com pauta ampliada e reforçada: facilitam a ampliação das letras e aumentam o contraste da linha com o papel.
• Canetas porosas e lápis macio (3b ou 6b): para o aumento do contraste.
Para controle da iluminação
Os auxílios para controle da iluminação diminuem o desconforto visual, aumentam o contraste e melhoram a resolução visual. Os pacientes com visão subnormal necessitam de níveis diferentes de iluminação. Alguns podem apresentar mais sensibilidade ao deslumbramento e outros menor sensibilidade ao contraste, necessitando de períodos prolongados para adaptação fotópica ou escotópica. É importante ressaltar que após os 65 anos de idade o paciente necessita de três vezes mais iluminação que um indivíduo de 20 anos para a realização das mesmas tarefas.
Os auxílios de controle de iluminação podem ser divididos em: fontes de luz e diminuição da luz refletida.
Fonte de luz
Para modificar a iluminação podemos alterar a intensidade da fonte de luz ou modificar a sua distância da superfície. A luz natural é a preferida pelos pacientes com baixa visão, porém é difícil de ser controlada. As opções de iluminação artificial são:
• Lâmpadas incandescentes: Emitem mais luz amarela, são mais direcionais e permitem maior contraste. São indicadas para pacientes com Catarata ou outras opacificações dos meios ópticos (a luz amarela sofre menos dispersão e leva ao menor ofuscamento). Apresenta como desvantagem o calor gerado, não devendo ser utilizadas muito próximas.
• Lâmpadas fluorescentes: Possibilitam menor contraste e, por emitirem mais luz azul que as lâmpadas incandescentes, são mais ofuscantes. Suas vantagens são que não geram calor e podem ser usadas próximas do paciente.
• Lâmpadas de halogêneo: Fornece iluminação intensa e direcional, porém há relatos de efeitos tóxicos pela emissão de radiação ultravioleta, levando maior preocupação na sua indicação.
Diminuição da luz refletida
• Tiposcópio: É um guia para leitura, confeccionado em cartão ou material plástico preto, com uma fenda com altura para duas linhas do texto a ser lido e com largura do texto, podendo ser modificado de acordo com a necessidade. Tem a função de diminuir a luz refletida sobre o papel branco, aumentar o contraste da linha a ser lida com o fundo e facilitar a localização e seguimento.
Tiposcópio
• Acetato de amarelo disposto sobre o texto: reduz a luz refletida e aumenta o contraste.
Texto com acetato de amarelo
• Armações de óculos com proteções laterais: Evita a entrada de radiação indesejada. São mais indicadas quando a diminuição do campo visual periférico não causa prejuízo na funcionalidade do paciente.
• Uso de viseiras, bonés e chapéus.
• Fendas estenopeicas e óculos com múltiplos orifícios são pouco utilizados.
Dr. Paulo Miziara - Médico Residente em Oftalmologia
E-mail: paulomiziara89@gmail.com
Fonte: Coleção CBO – Série Oftalmologia Brasileira
Os auxílios não ópticos para baixa visão são os que não empregam sistemas ópticos, porém modificam materiais e o ambiente para promover melhor desempenho visual da pessoa com baixa visão.
Ampliação
A ampliação de letras em impressos ajuda alguns pacientes com visão subnormal, pois favorece a leitura pela magnificação real pelo maior contraste e pela menor freqüência espacial obtida. Além dos impressos, também é possível ampliar caracteres utilizados em teclados de telefone, relógios, jogos e outros. Além da ampliação, há outros detalhes que facilitam o paciente durante sua leitura ou outras atividades:
• Espaçamento entre linhas (ao menos 30% da altura da letra empregada para facilitar a localização do início do texto na linha).
• Uso de letras minúsculas e maiúsculas ao invés de somente maiúscula ou minúscula.
• Uso de fontes simples (fontes muito elaboradas – com muito detalhes – dificultam a leitura).
• Margens estreitas para maior aproveitamento da largura da folha e evitar papel brilhante.
Infelizmente são poucas opções de publicações ampliadas, e a maneira mais utilizada é o escaneamento do texto com reimpressão utilizando fontes maiores.
Para posicionamento e postura
Muitos auxílios ópticos requerem uma distância muito pequena de leitura, o que torna a atividade cansativa e pode levar à falência da adaptação. Por isso, é importante uma boa postura e um posicionamento adequado do material.
Os auxílios mais utilizados são pranchas inclinadas e apoio de material de leitura. Eles ajudam a manter o material em um ângulo de 45 graus com o plano da mesa, possibilitando que a linha de visão seja perpendicular ao planto do texto, oferecendo maior conforto e manutenção do foco com uso do auxílio óptico.
Prancha inclinada
Para escrita e leitura
• Guias para escritas: podem ser confeccionados em cartão preto e com fendas nos locais que devem ser preenchidos (para cheques, por exemplo).
• Folhas com pauta ampliada e reforçada: facilitam a ampliação das letras e aumentam o contraste da linha com o papel.
• Canetas porosas e lápis macio (3b ou 6b): para o aumento do contraste.
Para controle da iluminação
Os auxílios para controle da iluminação diminuem o desconforto visual, aumentam o contraste e melhoram a resolução visual. Os pacientes com visão subnormal necessitam de níveis diferentes de iluminação. Alguns podem apresentar mais sensibilidade ao deslumbramento e outros menor sensibilidade ao contraste, necessitando de períodos prolongados para adaptação fotópica ou escotópica. É importante ressaltar que após os 65 anos de idade o paciente necessita de três vezes mais iluminação que um indivíduo de 20 anos para a realização das mesmas tarefas.
Os auxílios de controle de iluminação podem ser divididos em: fontes de luz e diminuição da luz refletida.
Fonte de luz
Para modificar a iluminação podemos alterar a intensidade da fonte de luz ou modificar a sua distância da superfície. A luz natural é a preferida pelos pacientes com baixa visão, porém é difícil de ser controlada. As opções de iluminação artificial são:
• Lâmpadas incandescentes: Emitem mais luz amarela, são mais direcionais e permitem maior contraste. São indicadas para pacientes com Catarata ou outras opacificações dos meios ópticos (a luz amarela sofre menos dispersão e leva ao menor ofuscamento). Apresenta como desvantagem o calor gerado, não devendo ser utilizadas muito próximas.
• Lâmpadas fluorescentes: Possibilitam menor contraste e, por emitirem mais luz azul que as lâmpadas incandescentes, são mais ofuscantes. Suas vantagens são que não geram calor e podem ser usadas próximas do paciente.
• Lâmpadas de halogêneo: Fornece iluminação intensa e direcional, porém há relatos de efeitos tóxicos pela emissão de radiação ultravioleta, levando maior preocupação na sua indicação.
Diminuição da luz refletida
• Tiposcópio: É um guia para leitura, confeccionado em cartão ou material plástico preto, com uma fenda com altura para duas linhas do texto a ser lido e com largura do texto, podendo ser modificado de acordo com a necessidade. Tem a função de diminuir a luz refletida sobre o papel branco, aumentar o contraste da linha a ser lida com o fundo e facilitar a localização e seguimento.
Tiposcópio
• Acetato de amarelo disposto sobre o texto: reduz a luz refletida e aumenta o contraste.
Texto com acetato de amarelo
• Armações de óculos com proteções laterais: Evita a entrada de radiação indesejada. São mais indicadas quando a diminuição do campo visual periférico não causa prejuízo na funcionalidade do paciente.
• Uso de viseiras, bonés e chapéus.
• Fendas estenopeicas e óculos com múltiplos orifícios são pouco utilizados.
Dr. Paulo Miziara - Médico Residente em Oftalmologia
E-mail: paulomiziara89@gmail.com
Fonte: Coleção CBO – Série Oftalmologia Brasileira