Governo do Estado do Rio Grande do Sul
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Início do conteúdo

Cadeirante busca apoio para competir em São Paulo

Publicação:

O atleta cadeirante Altemir Luis de Oliveira conhecido como Gringo treina no CETE, na Capital. Foto:  Mateus Bruxel  /  Agencia RBS
132310907912585473.jpg - Foto: Diário Gaúcho
CHRISTIANE MATOS | christiane.matos@diariogaucho.com.br

Com muito suor, Altemir Luís de Oliveira, 39 anos, o Gringo, luta dia a dia para manter-se no esporte. Se investimento e patrocínio são escassos até para destaques brasileiros no atletismo, imagine para um paratleta. O jeito é tirar grana do bolso para treinar e disputar provas.

- Ser atleta paraolímpico de alto rendimento em Porto Alegre é quase impossível. Não há apoio dos governos municipal nem estadual. Só nos oferecem espaço físico. Precisamos pagar para competir - desabafa o corredor do RS Paradesporto, entidade que o auxilia em treinos físicos, disponibilizando academia.

Baleado por um vizinho, há 21 anos, o marceneiro Gringo ficou paraplégico. Por seis meses, lutou contra a morte. Venceu, e achou nova vida no esporte. No paradesporto desde 1999, Altemir busca ajuda para custear viagem, hospedagem e alimentação na etapa nacional do Circuito Loterias Caixa, neste final de semana, em São Paulo. A vaga veio em abril, na etapa regional:

- É a primeira vez que necessito de ajuda. Como parei um ano, por lesão, não consegui o índice que cobre todas as despesas.

Em 2012, meu objetivo é atingir marca melhor para não passar dificuldade. Uma boa colocação nos 10 mil metros renderá o direito de se inscrever no Bolsa-Atleta. Com empenho de profissional, Gringo treina duas vezes por semana nas ruas da Capital e no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), no Bairro Menino Deus.

"A gente existe"

Há 11 anos casado com Daniela Lopes, é dela que Altemir tira a maior motivação para continuar no esporte. Mesmo quando as provas competem com o orçamento familiar.

- Um prêmio para andante é de R$ 15 mil, já para cadeirante é R$ 500 - ressalta.

Sobre a falta de patrocínio, Gringo vê preconceito:

- Queremos representar o Rio Grande do Sul, mas não há apoio. A gente existe!

As dificuldades, porém, não o abatem:

- Preciso do esporte porque meu corpo pede, pela sensação de liberdade.

Para ajudar
Telefone: 9928-0863
Confira o vídeo em www.diariogaucho.com.br/videos
FADERS