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Estudante cria protótipo de bengala eletrônica

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Carlos Junior desenvolveu a parte operacional e busca uma empresa que queira produzir em escala. Foto: WAGNER MACHADO
1310649536bengala.JPG - Foto: Zero Hora
Ao observar deficientes visuais usando computadores adaptados, o formando em Ciência da Computação Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) Carlos Guimarães Junior, 26 anos, de Santo Ângelo, decidiu qual seria seu trabalho de conclusão. Utilizando sensores vibratórios de celulares usados, criou um protótipo de bengala eletrônica que possibilita identificar objetos a um metro de distância.

Facilitar a mobilidade de pessoas com deficiência visual é o principal objetivo do projeto. Junior elaborou um equipamento que identifica obstáculos e instrui sobre a proximidade da barreira, acima e abaixo da cintura.

A localização dos objetos é feita por sensores que emitem ondas inaudíveis para humanos e verifica como elas foram refletidas. O mecanismo permite identificar se há obstáculo que pode atrapalhar o movimento e avisa a pessoa. A parte operacional da bengala eletrônica, sem o design, custa R$ 225, enquanto um modelo americano já existente custa cerca de US$ 1,4 mil.

– Existem outras bengalas semelhantes, mas são caras e não definem ao cego a altura do objeto. Agora é concluir o equipamento e tentar fazer com que alguém queira produzir em escala – diz o jovem.

A iniciativa agradou ao presidente da Associação Brasileira de Deficientes Visuais, Sadi de Mello.

– Seria preciso experimentar mas se vier para ajudar essa parcela da sociedade, é um grande avanço – afirma.

wagner.machado@zerohora.com.br
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