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Filmes e documentários brasileiros retratam a Síndrome de Down

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1521733786ESSA_SINDROME_DE_DOWN.jpg - Foto: Divulgação
A produção audiovisual no Brasil, assim como em outros países, está em constante crescimento. Em 2006, segundo o site Internet Movie Database (www.imdb.com), foram produzidos 107 curtas e longas-metragens no país. Dez anos depois, esse número aumentou para 1.429, o que gerou uma renda de R$ 362.776.085,95 no ano.

No cinema nacional, a abordagem ao tema Síndrome de Down, teve início em 2011, com o filme City Down - A história de um diferente, produzido em Pelotas, no Rio Grande do Sul. O filme conta a história de um personagem que nasce sem Síndrome de Down em uma sociedade totalmente Down.

A participação do Rio Grande do Sul em produções de filmes que tratam a Síndrome de Down é de grande reconhecimento no meio audiovisual. Além do cenário para a produção do longa City Down, obras como Outro Olhar - Uma nova perspectiva e Cromossomo 21 (foto) também tiveram como ponto principal as terras gaúchas.

Este último, Cromossomo 21, é um longa-metragem que traz a história do amor entre Vitória, pessoa com Síndrome de Down, e Afonso, que não tem deficiência. A atriz principal é Adriele Lopes Pelentir, gaúcha da cidade de São Luís Gonzaga, região das Missões.

Com produções de materiais audiovisuais anteriores que não tiveram grande alcance na mídia, Alex Duarte, diretor do longa, não percebeu, quando ainda era estudante de Publicidade e trabalhava como repórter de jornal em São Luís Gonzaga, que sua próxima matéria viraria enredo para um filme. A pauta: cobrir a aprovação da jovem Adriele no vestibular.

“Ela descontruiu todos os meus conceitos sobre o universo da Síndrome de Down, ao questionar sua existência, dores e aflições. Ela me disse: por que eu sou diferente de vocês? Por que somos impedidos de amar? Aqueles questionamentos passaram a ser meus. Me perguntava por que nós leigos, tínhamos a pré-disposição de julgar algo que não conhecíamos”, disse o diretor.

Logo que se formou, Duarte largou o emprego e dedicou-se a conhecer a história de Adriele. Foram oito meses acompanhando rotinas, hábitos e peculiaridades de sua futura atriz principal. Em paralelo, o diretor estudou a fundo o tema Síndrome de Down, através de conferências, cursos, oficinas e leituras. “Temos no Brasil grandes autoridades na área e que me ajudaram a crescer e aprender sobre as pessoas com deficiência, como o médico Dr. Zan, e a psicopedagoga e mestre Carina Streda. Eles foram fundamentais para atingir o aprendizado teórico. Entretanto, meu maior aprendizado foi na prática com estes jovens. A convivência nestes anos todos me deu a certeza que eles podem sim se tornarem independentes. Estamos caminhando e lutando para mostrar isso”, comentou.

O filme, que foi lançado em novembro do ano passado em sete capitais do Brasil (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Salvador), conquistou prêmios de Filme em Destaque do 9 Los Angeles Brazilian Film Festival em Hollywood, melhor filme eleito pelo voto popular no Festival de Cinema Internacional De la Mujer e menção honrosa no Festival de Cinema de Gramado.

Abaixo, 8 filmes e documentários brasileiros que dão visibilidade à Síndrome de Down.

Cromossomo 21 (2016): Vitória tem Síndrome de Down e leva a vida como qualquer jovem de sua idade. Entre as aulas de natação, piano e a faculdade, ela conhece Afonso e a paixão é instantânea. A atriz principal é Adriele Lopes Pelentir, gaúcha de São Luís Gonzaga.

O Filho Eterno (2016): O casal Roberto e Cláudia aguarda a chegada do primeiro bebê. A notícia de que o filho terá Síndrome de Down faz Roberto, que é escritor, ter dificuldades com a paternidade.

Outro Olhar: Convivendo com a Diferença (2015): Documentário que conta a história de um indivíduo para buscar o universal. O indivíduo é Charbel Gabriel, um senhor de 60 anos que trabalha, exercita-se, cuida-se, estuda, interage diariamente com a família e a comunidade e tem Síndrome de Down. Não seria pouco para quem tem tudo a seu favor, para Charbel, acaba sendo uma prova de que a Síndrome de Down nem o afasta nem o limita no convívio com comunidade, família e amigos. E, principalmente, não diminui seu impacto e sua influência sobre aqueles que convivem com ele.

Marina Não Vai à Praia (2014): Um grupo de adolescentes prepara uma viagem para o litoral. Marina, uma garota com Síndrome de Down, deseja conhecer o mar. Impedida de viajar, ela busca caminhos para realizar seu sonho.

Outro Olhar - Uma nova perspectiva (2014): A história da estudante gaúcha Renata Basso, que tem Síndrome de Down e acaba de concluir o ensino médio, é o fio condutor de um retrato impressionante sobre a educação inclusiva no Brasil. Por meio de entrevistas com professores, colegas de classe, familiares e a própria Renata, o filme mostra que o esforço coletivo torna possível oferecer uma aprendizagem de qualidade a estudantes com deficiência.

City Down - A história de um diferente (2011): A trama apresenta as dificuldades enfrentadas por um personagem que nasce sem a Síndrome em uma sociedade totalmente Down. A produção foi realizada em Pelotas (RS).

Colegas (2012): O longa conta a história de três amigos com Síndrome de Down: Stalone, Aninha e Márcio. Os três fogem no carro do jardineiro (Lima Duarte) em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Márcio quer voar e Aninha busca um marido. O personagem Márcio é interpretado por Breno Viola, de 33 anos, que foi o primeiro faixa preta de judô com Síndrome de Down nas Américas.

Do Luto à Luta (2005): O documentário revela que as deficiências são plenamente possíveis de serem superadas. Mostra também que as possibilidades e o particular mundo dos downianos trazem imensas alegrias para eles, familiares, amigos e parceiros afetivos.
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