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Nova biblioteca da Escola Victor Issler prioriza acessibilidade

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A biblioteca Portal da Leitura, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado Victor Issler, no bairro Mário Quintana, foi reaberta quinta-feira, 30. Nos dois turnos, professores celebraram com um chá a mudança do espaço literário da escola, antes localizado no primeiro piso, para o andar térreo. Além de dispor de um espaço físico maior, a nova sala possibilita aos visitantes mais acessibilidade.

Próximo da data do aniversário de 23 anos, no dia 31 de maio, a Portal da Leitura ganhou portas mais largas e mais próximas às rampas que dão acesso ao prédio da escola. O acervo, composto por cerca de 22 mil obras, foi catalogado conforme as normas da Classificação Decimal Universal (CDU), que utiliza combinações numéricas na identificação do gênero literário da peça.

A acessibilidade beneficia estudantes como André Vedoy, matriculado no 5º ano. O menino tem deficiência - nasceu sem os dois pés e as duas mãos - e utiliza próteses ortopédicas para se deslocar. Para ele, o maior desgaste ocorria no momento de subir as escadarias da escola para chegar à biblioteca. Fã de histórias em quadrinhos dos heróis Flash e Batman, André também participa de atividades esportivas na escola, como provas de corrida, torneios de futebol e competições de judô e fez questão de conhecer a nova biblioteca. “Gosto de super-heróis. Sempre pego revistas em quadrinhos na biblioteca. Quero ser jogador de futebol ou desenhista. Costumo desenhar as pessoas que vejo nos jogos de videogame”, confessou.

Para André, a mudança da biblioteca não representa apenas uma melhoria para o seu dia a dia, mas também o zelo dos professores pelos alunos. “Os professores se preocupam que os alunos possam vir pegar os livros. Eu me sinto muito bem por saber que eles cuidam da gente. Para mim, a escola é como um segundo lar”, disse.

De acordo com a professora responsável pela biblioteca no turno da tarde, Ivana Kaiper, foi pensando em casos como o de André e o da aluna do 7º ano, Milene Vargas, 12, que é cadeirante e não conseguia acessar o local, que a Victor Issler vem, há cinco anos, buscando melhorias para tornar a escola um local mais acessível. “Devemos estar preparados para receber esses alunos. Eles também possuem o direito de acessar qualquer local e devemos oportunizar isso”, afirmou.
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