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Oftalmologista: “Glaucoma não tem cura, mas tem tratamento eficiente”

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1527351061DIA_NACIONAL_DO_COMBATE_AO_GLAUCOMA.png - Foto: ASCOM/Faders - Acessibilidade e Inclusão
Cristina Lopes do Amaral faz parte da estatística. Aposentada em razão das sequelas emocionais da cegueira, causada pelo glaucoma congênito (de nascença), ela conta que há oito anos tinha 10% de visão. “Esse pouquinho de visão que eu tinha fazia diferença para mim e faz toda a diferença na vida de uma pessoa com deficiência visual.” Na época, ao realizar um procedimento cirúrgico para tentar reverter a perda de visão, ficou 100% cega. Hoje, ela se considera uma pessoa atenta ao glaucoma e salienta que a qualidade de vida depende da prevenção contínua. “Uso colírio porque o olho está sempre ressecado e cuido da sensibilidade à luz”, disse.

Para Cristina, a prevenção se dá em níveis coletivos e individuais. “As prefeituras, os governos precisam se conscientizar mais, precisam dar mais auxílios, principalmente para as pessoas que trabalham e encontram barreiras de acessibilidade. Outra coisa é a divulgação da doença. Precisa ser muito mais divulgada para que as pessoas respeitem os deficientes visuais.” Ela conclui lembrando um dos itens mais importantes da prevenção: consultas periódicas ao oftalmologista.

O médico Rafael Roedel Sperb diz que o caminho correto para um tratamento eficiente de combate à cegueira – que não deve ser abandonado de jeito nenhum – é o uso de colírios para controlar a pressão intra-ocular.

“Evita-se a progressão da doença mantendo a pressão controlada. O glaucoma não tem cura, mas tem tratamento muito eficiente”, enfatizou o oftalmologista. “Se a pessoa segue o tratamento preconizado pelo seu médico, não perde a visão”.

“A prevenção e os cuidados reparadores, cumprem importante papel. Tanto em relação às moléstias da visão, quanto da audição e de outras, onde os estados agravados podem levar à condição de perdas irreparáveis e deficiência”, alerta Roque Bakof, presidente da Faders - Acessibilidade e Inclusão.
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