É comemorado em 8 de abril o Dia Nacional do Braille. A data é alusiva ao nascimento do primeiro professor cego brasileiro, José Álvares de Azevedo, em 1834. Foi ele quem trouxe ao Brasil, em 1850, este sistema criado há 195 anos pelo francês Louis Braille. Desta forma, o país tornou-se o primeiro da América Latina a adotá-lo. O método baseado no tato é composto por uma combinação de seis pontos que formam 63 caracteres em relevo dispostos em duas colunas com até três pontos cada. São letras, números, símbolos científicos, notas musicais, fonética e informática. Esta codificação transformou a vida das pessoas cegas por permitir a alfabetização e garantir acesso à informação.

A FADERS Acessibilidade e Inclusão, enquanto Fundação responsável pela articulação de políticas públicas para pessoas com deficiência e pessoas com altas habilidades, mantém um setor específico de Braille junto ao Serviço de Educação, Capacitação e Ajudas Técnicas (Secat). Ali são prestados serviços, entre os quais capacitações direcionadas para o público da educação municipal e privada. Também realiza transcrições de trabalhos para própria FADERS e de outros órgãos públicos a fim de garantir os direitos e a acessibilidade da Pessoa com Deficiência Visual. As transcrições são distribuídas gratuitamente. Entre os documentos traduzidos recentemente pela FADERS estão o livro do PROCON RS, o livro “Histórias de Baixa Visão”, a Cartilha da Defensoria Pública, uma Apostila do SENAC para aluna cega, o Regimento Interno do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (CEDICA/RS), o estatuto da Associação de Cegos Louis Braille (ACELB), e legendas de obras para museu público. O Setor de Braille também capacitou em transcrição servidores do Banrisul, permitindo que o banco passasse a fornecer extratos em Braille para seus correntistas.