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Faders promove reunião sobre Implantação de Políticas Públicas para Cães-Guia no RS

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foto do evento - no centro os três cães-guia presentes: Darwuin marrom e Cobe e Estrela pretos, acompanhados de suas tutoras, as deficientes visuais Olga e Marilena, atrás delas em cadeiras de rodas o presidente da Faders e o presidente do Coeped, em pé o Major Moreno representando o Comando dos Bombeiros Militar do RS, o ex-presidente a Faders Backof, o professor Leonardo do IFF SC, diretoria técnica da Faders e demais participantes da reunião
Roda de Conversa sobre acessibilidade e treinamento de cães-guia - Foto: Bethania Haas Loblein/ Ascom Faders Acessibilidade e Inclusão
Por Bethania Haas Loblein MTB - 10359

 

A Faders – Acessibilidade e Inclusão, em parceria com a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, através do Gabinete do Deputado Zucco, promoveu na tarde de segunda-feira (01/07), uma Roda de Conversa com grande representatividade, abordando a necessidade da implantação de políticas públicas para o treinamento e acesso a cães-guia no estado. O evento contou com a participação de diversas instituições e cidadãos com deficiência visual.

O encontro  contou com a presença de Leonardo Goulart, professor, treinador e instrutor de mobilidade com cães-guia no Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú, e autor do "Manual do Usuário de Cão-Guia" (2022). Leonardo destacou a importância de trazer o treinamento de cães-guia para o Rio Grande do Sul como uma medida essencial para ampliar o acesso a esses animais.

Segundo Goulart, além de auxiliar a dar autonomia ao deficiente visual e mais liberdade no ir e vir, o cão-guia auxilia na interação social e melhora a convivência com a família que fica menos apreensiva quando o familiar com deficiência visual está acompanhado do pet, porque ele passa segurança, aumentando a qualidade de vida de quem tem ele como companheiro.

O presidente da Faders, Marquinho Lang, destacou em sua fala que, de acordo com o IBGE de 2023, há aproximadamente 6,5 milhões de deficientes visuais no país, mas apenas uns 200 cães-guia em operação, evidenciando um déficit significativo. “Como este é um assunto ainda pouco debatido, não temos dados oficiais da quantidade de cães-guia em atividade no país ou no estado. Conforme as usuárias de cães-guia que participaram da reunião, e tem um grupo para tratar do assunto, em Porto Alegre deve ter em torno de 10 pets em atividade”, explicou Lang.

Atualmente, existem apenas três instituições habilitadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) para treinar cães-guia no Brasil: Instituto Federal Catarinense, em Camboriú (SC); Universidade Federal de Goiás, em Urutaí (GO) e o Instituto Federal de Espírito Santo, Campos Alegre ( ES).

O evento serviu como start para que o RS em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar e Instituto Federal de Santa Catarina  forme treinadores e instrutores de cães-guia, ampliando o acesso dos deficientes visuais a esses pets que comprovadamente geram qualidade de vida aos tutores.

Para o professor do Instituto Federal Catarinense Camboriú, Leonardo Goulart, que é instrutor de Cão-Guia, a iniciativa precisa ser reconhecida. “Tive uma grata surpresa em saber que os bombeiros tem disponibilidade para formar dois professores para repassar esse conhecimento. Sem dúvidas, a iniciativa permitirá ampliar o número de cães-guia, auxiliando muitos outros gaúchos”, concluiu.

O evento, realizado no Fórum Democrático Adão Pretto, na ALRS, contou com a presença ), das professoras as deficientes visuais Olga Souza, com seu cão-guia Darwin que esta se aposentando e seu novo cão-guia Cobe que esta terminando treinamento, e Marilena Assis com o cão-guia Estrela, ambas contaram sua experiência com os pets e mudança na qualidade de vida que eles proporcionaram a elas.

Ainda participaram da reunião representantes do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos através do Departamento de Inclusão, divisão de Atenção a Pessoa com Deficiência e Acergs (Associação de Cegos do RS).

Durante o evento, foi destacado que Porto Alegre é a cidade com maior número de cães-guia treinados pelo Instituto Federal Catarinense. Além disso, foi anunciada a abertura de uma consulta pública, para pessoas interessadas em obter um cão-guia. Quanto mais gaúchos inscritos é possível fortalecer o movimento para que o Rio Grande do Sul tenha seus próprios treinadores de cães-guia, ampliando o acesso a essa ferramenta essencial de mobilidade para deficientes visuais.

Acesse o link para mais informações a consulta pública - AQUI

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